Paul Watson ficou entusiasmado e apresentou a sua candidatura. Sabia alguma coisa de futebol e tinha vontade. Esse currículo bastava. Assim, em Agosto de 2009, o jovem inglês chegou a acordo para assumir a selecção de Ponhpei. «Não somos a pior equipa do Mundo. Vamos provar isso mesmo em breve. Temos muito potencial aqui», diz um técnico optimista.
Os atrasos e os sapos
O jovem inglês procura explorar o potencial futebolístico na região e dispôs-se a trabalhar sem vencimento, nesta fase inicial, até começar a apresentar resultados. «O meu alojamento é pago pelo Comité Olímpico da Micronésia, mas não achei justo exigir um salário nesta fase», atira.
«O clima é complicado, por ser o terceiro mais húmido do Mundo. Para além disso, o futebol aqui é menos popular que o basquetebol e o voleibol. Temos ainda uma grande falta de equipamentos, mas contactámos todos os clubes em Inglaterra e já recebemos algumas ajudas, do Yeovil Town, do Tottenham Hotspur, do Norwich City e do Bristol City», aplaude Watson.
Descrevendo um rol imenso de complicações, Paul Watson lamenta ainda os constantes atrasos de jogadores e...os sapos: «A mentalidade na ilha é diferente da europeia. Nas primeiras semanas, os jogadores chegavam muito atrasados aos treinos e nem pediam desculpas. Os relvados também inundam facilmente e surgem sempre muitos sapos por aqui».
Pohnpei terá, de qualquer forma, capacidade para representar os Estados Federais da Micronésia a médio prazo. «Temos uma selecção estatal, neste momento, por falta de meios para aproveitar os talentos dos outros estados, de Chuuk, Yap e Kosrae. No futuro, queremos representar os Estados Federais da Micronésia, uma nação reconhecida e com capacidade para entrar na FIFA», remata o mais jovem seleccionador mundial.
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